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24 de abril de 2012

Um olhar crítico sobre os "críticos"

Tem gente que não se contenta com a busca pela verdade. Acha que para ser crítico, intelectual e manifestar sua “personalidade” precisa ser o “do contra” sempre. Basta que surja argumento concatenado e coerente a favor de algo para que o “crítico” proteste. Algumas vezes o protesto até é válido, desde que provido de argumentação potencialmente mais ampla e racional que a tese contestada, porém, em muitos casos (e esse é nosso ponto de reflexão aqui hoje), não passa de implicância fútil, perseguição gratuita. Sabe aquele negócio de “não fui com sua cara, logo, não concordarei com nada que você diga”? Ou, aquele orgulho bobo de quem, ao invés de dar o braço a torcer quando nota que outrem tenha razão, prefere agarrar-se (ou criar) novas “idéias e teorias mais complexas” só para bancar o “inteligência em pessoa”? Pois é, essas frescuras não ocorrem só entre crianças não. Tem gente crescidinha aprontando dessas por aí... Não lhes peçam argumentos lógicos em uma discussão, pois para essa laia birrenta o argumento mais válido é que você, independentemente do que diga, precisa ser, digamos... combatido enquanto viver.

Não estamos aqui tratando de pessoas que buscam a verdade em cada análise que fazem. Pois estas têm todo o direito de questionar, debater, argumentar o quanto quiserem e merecem o debate ou a explicação de alguma informação que lhes falte e, certamente, ficarão agradecidas quando a “ficha cair”, pois possuem a humildade de reconhecer que estavam equivocadas, acrescida da gratidão de valorizar quem lhes ajudou no esclarecimento. Infelizmente, esse tipo de gente: humilde, grata e intelectualmente honesta, anda em extinção, sobretudo em nosso “planeta Brasil”. Constantemente temos de lidar por aqui com pessoas que, sabendo-se superadas em uma ou algumas de suas concepções por outras mais nobres e verdadeiras, teimam em permanecer na mediocridade. Fecham suas mentes para a possibilidade da busca da verdade em nome do apego à própria idéia que conceberam, em nome da militância e da bandeira que ergueram ou, pior que isso, pura e simplesmente para não passar pela “humilhação” de emendar-se e reconhecer em um semelhante a presença da Verdade. Como diria Santo Agostinho: “Certos homens odeiam a verdade, por amor daquilo que eles tomaram por verdadeiro!”

Com alguma frequência encontro-me envolvido em debates pessoais ou virtuais em que noto, na pessoa com quem dialogo, uma tendência absurda de se levar a discussão para o lado pessoal. Baixar o nível! Prescindir de toda lógica e razão para fugir do tema ou, mais trágico ainda, encher de outros temas que nada têm a ver com o que se debate na ocasião para, no final das contas, dar o “xeque-mate” afirmando, de forma “sábia e soberana”, que certas coisas não se discutem, pois cada um tem a “sua verdade”. Gente!!! Chega né?! O nome disso é desonestidade intelectual. E com gente desonesta (ao menor sinal disso) não gastarei meu tempo: se quiser que vá procurar alguém para “debater” no Programa do Ratinho ou em Casos de Família e genéricos...

De outro lado (o lado mais raro, porém, existente), fico feliz em debater com gente intelectualmente honesta, ainda que existam divergências e sequer cheguemos a um consenso. Nesse sentido, indico para vocês a leitura do debate que se desenvolveu nos comentários de meu artigo dirigido aos ateus (Acaso: o deus irracional dos ateus). Quem já leu o artigo, esteja à vontade para ler novamente. Caso esteja em crise de “brasileirisse” (com aquela “vontade toda” de ler), leia pelo menos os comentários após o artigo, que é o debate a que me refiro objetivamente. E com esse debate ilustro e encerro nossa reflexão de hoje! Fiquem todos:

Na paz de Jesus e no amor de Maria,
Jeansley de Sousa

3 comentários:

  1. Olá Jeansley,

    Eu também observo exatamente isto nos debates. É tão comum que cheguei a escrever um artigo sobre isto em meu blog também:
    http://cognoscetisveritatem.blogspot.com.br/2012/01/humildade-de-reconhecer-os-erros-ou.html

    À época, minha motivação foi justamente de uma discussão que tive com ateus, onde todos estavam debatendo uma questão e quando coloquei fatos históricos, eles simplesmente uniram-se contra mim.

    Um grande abraço,
    In Corde Jesu et Mariae, semper

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  2. Caro Samyr, obrigado pela participação. De fato, discutir com gente desonesta é perder tempo na vida. Não se deve perder tempo discutindo com uma pessoa que discorda da matemática, que é exata (julgando-a mera opinião), como você bem ilustrou em seu blog. Por outro lado, pessoas intelectualmente honestas são cada vez mais raras. O debate que citei (de meu artigo relacionado aos ateus) constitui exceção: um ateu que parece sinceramente buscar a verdade no debate (se a busca for sincera, certamente a encontrará). Coisa rara nesse nosso mundo completamente iludido por Satanás! Rezemos para que se torne mais comum a honestidade que a desonestidade. Abraço e fique com Deus!

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  3. As pessoas estão perdendo a noção de que existem coisas absolutas e coisas relativas. Nesse sentido e, de forma desonesta, optam por relativizar o que deveria ser absoluto e, então, a verdade, para essa gente, simplesmente deixa de existir. Para esse "bando", a única verdade absoluta é a de que "tudo é relativo"... Aí... adeus diálogo...

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